DOENÇAS INFECCIOSAS-PARASITÁRIAS: ESQUISTOSSOMOSE
Nesta postagem falaremos sobre a
esquitossomose, que também é conhecida como xistose, barriga d’água ou doença
do caramujo. É uma parasitose adquirida quando a pessoa entra em contato com
águas de lagos, represas, valas de irrigação ou córregos que contenham
caramujos do gênero Biomphalaria infectados com o Schistosoma mansoni.
HOSPEDEIRO INTERMEDIÁRIO E AGENTE CAUSADOR
CICLO DA ESQUISTOSSOMOSE
SINTOMAS DA ESQUISTOSSOMOSE
Fase aguda (que vai até 120 dias após contato):
- Coceira na pele (entrada do agente);
- Febre irregular, acompanhada de suor;
- Calafrios;
- Fraqueza;
- Falta de apetite;
- Dor muscular;
- Diarreia;
- Dor de cabeça, e;
- Tosse.
Fase crônica (quando o parasita chega ao intestino):
- Diarreia constante (pode conter sangue);
- Emagrecimento;
- Aumento do fígado e baço (barriga d’água);
- Palpitações;
- Hemorragia digestiva;
- Hipertensão pulmonar.
Na fase crônica, a pessoa doente elimina os ovos do parasita nas fezes e pode contaminar novos locais, caso tenha contato com a água.
DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO
Os sintomas da fase aguda da
esquistossomose são comuns à várias doenças, por isso, é muito importante
relatar ao médico se você teve contato recente com água rios/represa.
O diagnóstico ocorre por meio da
avaliação dos sintomas e de exames de sangue e fezes.
O tratamento da esquistossomose ocorre
de acordo com a fase da doença e consiste na utilização de medicamentos específicos
para eliminar o parasita e combater os sintomas.
A esquistossomose pode ser facilmente
curada se tratada no início. Se não tratada pode levar a consequências graves e
até mesmo a morte. Por isso, em caso de sintomas, procure uma unidade de saúde
para avaliação.
PREVENÇÃO
- Evite nadar em locais onde se observa pontos
de lançamento de esgoto no corpo hídrico;
- Consuma apenas água de fontes seguras
potáveis;
- Higienize suas mãos antes das refeições e
alimentos antes do consumo.
A construção de banheiros com destinação adequada do esgoto é muito importante
para evitar a esquistomosse e também muitas outras doenças.
ESQUISTOSSOMOSE NO BRASIL E MONITORAMENTO REALIZADO NA PCH
TAMBORIL
De acordo com o Ministério da Saúde,
no Brasil, a doença foi descrita em 19 unidades federadas (18 estados e
distrito federal), dentre eles Goiás. No país estima-se que cerca de 1,5
milhões de pessoas vivem em áreas com risco de contrair a doença, risco
relacionado, principalmente, ao saneamento básico inadequado e à presença do
caramujo infectado.
Dentre os programas de monitoramento da PCH Tamboril está o de Qualidade da
Água que possui ações relacionadas à limnologia. O referido monitoramento teve
início em 2012, antes do enchimento do reservatório, onde se verificou a presença
do caramujo do gênero Biomphilaria no rio Bonito em 03/2013, sendo seu último
registro feito em 10/2019.
Por meio do Programa de Monitoramento de Doenças de Veiculação Hídrica se monitora a presença/ausência da esquistossomose nos municípios de Palestina de Goiás e Arenópolis, com acompanhamento no SINAN (Sistema de Informação e Agravos de Notificação), SES-GO (Secretaria Estadual de Saúde de Goiás) e Secretarias Municipais de Saúde. O monitoramento se iniciou em 2010, antes do enchimento do reservatório. Há informações disponíveis desde 2008 e, até o momento, não houve registro desta doença nos munícipios alvo do programa.
Até o presente, as águas do rio Bonito próximas à PCH Tamboril aparentam não possuir o agente causador da doença. No entanto, é importante ficar atento e buscar auxílio médico em caso de sintomas relacionados à doença.
Referências bibliográficas
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de
Vigilância Epidemiológica. Vigilância da Esquistossomose Mansoni: diretrizes
técnicas / Ministério da
Saúde,
Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância das Doenças
Transmissíveis. – 4. ed. – Brasília: Ministério da Saúde, 2014.
Os Caminhos da Esquistossomose dentro do nosso corpo / Virginia Schall;
Cristiano Lara Massara; Martin Johannes Enk; Héliton da Silva Barros; Érica da
Silva Miranda. – Belo Horizonte: FIOCRUZ/Instituto René Rachou/, 2007.
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